Cravo

Uma estrada se põe à vista no limiar entre a ficção e a realidade. Ao longe, surgem duas figuras curvadas sobre si mesmas. O avanço é inevitável. A imagem da estrada evidencia um traçado que tanto as une quanto as separa em tempos e lugares distintos. Ora o impulso de correr, ora o silêncio da verticalidade.

Laura Samy e Alice Poppe revisitam figuras dos solos Dança Macabra e Máquina de Dançar, respectivamente, instigadas a tecerem novas narrativas pelo gesto em comum de debruçar-se sobre si mesma. Agora, em Cravo, as duas figuras avançam lado a lado, movidas pelos sentidos de luta, sonho e memória que cada uma constrói enquanto avançam. Debruçar sobre si restituí o corpo como escuta e o remete ao espaçamento irredutível de seus contornos.

A nova criação decorre do encontro das dançarinas em diálogo com a linguagem cinematográfica, de modo a revelar através das noções de profundidade, plano, contra plano e corte, variadas possibilidades expressivas da matéria. Este é o terceiro trabalho proveniente do encontro das duas artistas que vem em processo criativo desde maio de 2020. Inspiradas em clássicos da música, da literatura e do cinema, a estrutura tenciona a tradição e o contemporâneo sob a espacialidade rítmica da lente da câmera.

  • Criação, direção e interpretação
  • Alice Poppe e Laura Samy
  • Direção de vídeo
  • Cavi Borges
  • Direção de fotografia
  • Fabricio Mota
  • Iluminação
  • Paulo Cesar Medeiros
  • Direção musical
  • Sacha Amback
  • Participação
  • Carla Rizzi, Fernando Portari (voz) e Eduardo Henrique (piano)
  • Assessoria de imprensa
  • Christovam de Chevalier
  • Fotografia e programação visual
  • Renato Mangolin
  • Edição
  • J.C. Oliveira, edt.
  • Mídia social
  • À Juliana Comunicação & Branding
  • Direção de produção
  • Aline Carrocino (Alce Produções)
  • Produção executiva
  • Igor Veloso
  • Produção geral
  • Alce Produções